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domingo, 27 de fevereiro de 2011

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Escrevendo, escrevendo, escrevendo... Procurando encher de palavras o vazio que se instaurou dentro de mim.

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Hoje acordei como se tivesse regressado ao meu passado mais feliz, tomei meu banho e fui dar as minhas aulas de inglês, as primeiras aulas que eu dou sozinha e senti vontade de ligar para ele depois como eu sempre fiz quando alguma coisa de bom acontecia comigo. Mas quando eu peguei o celular eu lembrei que ele não está mais comigo... Que ele não me quer mais na vida dele e eu chorei um pouco. Essas pequenas lágrimas que saíram dos meus olhos me fizeram lembrar do vazio que eu tenho carregado durante todos esses dias, estou vazia.

É estranho sentir assim, eu que sempre fui tão completa tão dona de mim. Só que eu percebi que agora eu sou sozinha e que aquele homem que foi meu namorado/noivo durante todos esses anos também era o meu melhor amigo. Fui uma incompetente, na minha vida profissional isso é rotineiro, mas na vida pessoal eu era imbatível...

Digo isso com toda a certeza porque eu tinha a relação mais perfeita que qualquer casal poderia ter tido, sem brigas nem problemas que não tivessem sido resolvidos... Não sei onde isso se perdeu, mas se perdeu em algum momento. Sinto que a maior parte da culpa foi minha, mas a lógica me diz que não pode ter sido.

Isso não interessa agora. Mas eu não sei o que interessa mais. O que eu tenho que fazer? Para onde eu tenho que ir? Ninguém sabe me orientar.

Andei escrevendo alguns textos e dei para algumas pessoas lerem, para ver se elas entendiam o que eu estava sentindo e se tinham alguma dica para me ajudar. Minha amiga Fabi, que passou por uma situação parecida, disse que eu não poderia ter descrito de maneira melhor a sensação de nova-solteira e que eu deveria viver a vida um dia de cada vez.

- “Uma hora passa”- disse ela.

Eu sei que ela tem razão, mas essa falta de controle da situação me deixa muito instável. Não consigo falar com ninguém no MSN, por exemplo, sem sentir que estou importunando as pessoas e isso me magoa. Outro amigo me disse que eu deveria badalar e fazer com que a minha vida ficasse agitada, mas ainda não é possível. Eu não sei fazer isso.

Uma leitora do blog me disse que sair por aí na “pegação” pode me trazer mais dor.

Todos eles têm razão.

A minha vida não está mais nos meus planos e isso me faz pensar que ou eu não tenho vida ou não tenho planos.

A alma humana é algo harmônico tem que ser balanceada. Se alguma coisa sai outra deve entrar no lugar o mais rápido possível, meu amor foi embora e o que vai ficar no lugar?

Por enquanto tem sido palavras, cada palavra que eu escrevo vai preenchendo algum espaço dentro de mim e isso tem bastado por enquanto.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Solteira Novamente parte II

 

euzinha

Esse negócio de estar no mercado novamente é bastante diferente para mim. As incertezas e as confusões tomaram conta da minha cabeça e eu tive que buscar conhecimento junto às pessoas mais experientes da minha família: minhas primas...
Antes de revelar o final da história vocês, sagazes leitores, já devem ter desconfiado que essa conversa não deu muito certo.

Uma das minhas primas, que deve ter agora uns 18 aninhos me disse:
"- Você não tem idéia de como é melhor ficar solteira! Você vai ver."

Bom, acho que já falei a idade dela mas acredito que vale a pena repetir, ela deve ter uns 18 aninhos agora. Tão novinha mas com tanta experiência, se isso não me assusta me envergonha! Eu, em toda a minha vida, nunca me preocupei e conquistar o maior número de pessoas possíveis. Homens para mim serviam de bons amigos e eu devo ter beijado uns 3 ou 4 deles até hoje. Quando eu falei isso para ela a menina só faltou ter um ataque epiléptico, uma mistura de riso, gargalhada e espanto. Uma coisa horrorosa!
Sei que é de se espantar, mas eu sou do tempo do príncipe encantado. Daquele homem que viria suprir todas as minhas necessidades para que eu nunca precisasse sair à caça. Que coisa pura não é mesmo?

É, mas foi verdade! O Príncipe veio e ficou na minha vida por 9 anos e 10 meses, mas depois decidiu ir embora. Isso não estava nos meus planos!

A outra prima, um pouquinho mais velha, no auge dos seus 22 anos e já com duas menininhas para criar me disse:
"- Prima, você está solteira agora e não tem nenhum filho e eu que também estou solteira e tenho duas filhas?!?"

Essa afirmação interrogativa gerou em mim um misto de desespero com preocupação e o tufão que estava rodando na minha cabeça naquele momento deu uma parada brusca e ficou sem rumo.
Não sabia se chorava um pouco mais ou se respirava fundo de alívio. Até agora estou sem saber o que pensar.
Minha outra prima, essa mais velha, já beirando seus 40 anos e casada me falou que era hora de cair na gandaia, enfiar o pé na jaca, engolir a melancia, riscar a faca no forró e etc...

Eu ainda estou tentando descobrir o que essas expressões significam, já tenho idéia do que algumas delas possam ser, mas quanto mais eu descubro mais me assusto.
Esse mundo é realmente muito diferente do que eu pensava
.

Será que é hora de arrumar um novo emprego?

 

482-new-job-cartoontrad

Original em www.everydaypeoplecartoons.com tradução livre dessa que vos fala!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Outros 500 – muito bom!!!

 

Solteira Novamente

 

eu

A minha vida é bastante monótona, sempre foi.
A maior parte das minhas aventuras são platônicas e a minha vida social era limitada ao meu noivo, a minha família e alguns colegas de trabalho. Alguns dias atrás eu fiquei sem o meu noivo, ele terminou comigo e isso não foi bom para mim.
Agora tenho que voltar ao mercado depois de 9 anos.
Não é fácil, não sei como me comportar e me sinto completamente deslocada da sociedade. Minha irmã tem tentado me reinserir mas eu ainda duvido do sucesso dessa empreitada.

Nesse domingo, por exemplo, fomos à um barzinho. Foram poucas as vezes que eu fui à um barzinho de verdade, e dessa vez fui até dirigindo sozinha. São muitas decisões que temos que tomar quando estamos completamente independentes: onde abastecer o carro, onde e como estacionar, o que beber, para quem olhar, deve-se ou não paquerar, que conversa começar, de quem tirar o sarro, como arrumar o cabelo... Essas coisas são irrelevantes quando temos um parceiro, metade delas não é preocupação sua!

Depois dessa tentativa do barzinho cheguei a conclusão de que estou velha demais e que o mundo mudou bastante enquanto eu hibernava na comodidade do meu longo relacionamento. As coisas não são mais como eram no meu tempo! Antes eu ia à um barzinho desses e tomava coca-cola, me sentia super bem. Agora vou à um bar e bebo coca-cola e todos ficam olhando estranho para mim... Não faço mais o mesmo sucesso de antes. O povo sai de domingo para beber cerveja e encher a cara!
Outra coisa que me deixou chocada foi o metabolismo dessa juventude, a quantidade de músculos desses caras de hoje em dia é chocante! Não que isso seja uma coisa de todo ruim alguns caras ficam lindíssimos musculosos, mas quando você olha a sua volta e se ve completamente rodeada de musculos e de braços de fora pintados de tatuagens dá para assustar um pouquinho...

Só mais uma coisa, o que é que se ouve hoje em dia? Qual os tipos de música que rolam por aí? Eu achava que em barzinhos você ouviria um rock ou umas musiquinhas de MPB algo que permitisse você conversar um pouquinho com as pessoas ao seu redor, nesse bar que eu fui tinha um DJ! Um DJ num bar tocando Techno!!!

Eu ainda não sei o que procurar para badalar a minha vida, não sei o que vestir nem o que fazer direito. Esse negócio de ser novamente solteira está me deixando um pouco confusa e preocupada.

Não sei que tipo de pessoas que se atraem por mim, as últimas duas cantadas que eu recebi ultimamente foram:
"o seu pai é dono da Ortobom?"  e enquanto eu abanava a cabeça, de asco ou de medo nem sei bem, ele respondia "Não?!? E esses coxão aí?"

Ou senão "bom dia! Flor do dia!" em plena 15:00 da tarde!!!
Ou seja, vocês podem imaginar como eram os tipos-pedreiros que passaram as cantadas acima descritas. Se eu for me basear por essas duas últimas situações... Não sei devo me mudar de país ou de planeta!

Enfim, o que eu queria era dividir com vocês leitores era que a vida de Nova-Solteira não é nenhum mar de rosas não e que pode levar um tempo até que eu seja totalmente aceita pela sociedade novamente...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Dia de Hoje!

Bom, o dia começou normal. Acordei mais cedo no sábado para assistir a algumas aulas de inglês que assumirei na próxima semana. Cheguei em casa e ajudei a minha mãe com a faxina... Mandei a cachorra para o pet shop e organizamos a lista de compras. O dia estava prometendo ser bastante monótono. Com o carro do meu pai, coloquei minha mãe e irmã dentro e rumamos ao Extra Anchieta em São Bernardo do Campo...

Mal sabíamos o que nos esperava... Chegamos lá e superada a dificuldade de manobrar o carro na vaga, partimos para as compras. No estacionamento mesmo presenciamos uma cena de briga entre um provável ladrão e uma provável vítima que não quis deixar barato o insulto de ser assaltado. Enfim adentramos no mercado e cumprimos a tarefa das compras do mês.

Saímos, carregamos o carro com as compras e eu tentei ligar o carro, nada. O carro não pegava de nenhuma forma. O carro do meu pai tem esses probleminhas de vez em quando, isso não seria um problema muito sério.

O problema foi o que se seguiu.

Acontece que enquanto eu tentava ligar o carro e fazer com que ele pegasse, houve uma correria. Dois homens gritando “pega esse cara!” passaram bem próximo do nosso carro, um corria à frente como se estivesse fugindo e dois outros caras o seguiam correndo com mais segurança, não se esforçaram muito. Minutos depois ouvi um estampido e disse à minha mãe:

- Entra no carro que é tiro!

Enquanto isso os seguranças corriam em direção contrária aos acontecimentos e o que me deixou mais cabreira foi o fato de um deles ter se escondido atrás do meu carro e dizendo:

- Vaza, vaza que tem um cara dando uns tiro ae!

Eu me lembrei que estava alí no meio de um tiroteio e o carro não pegava. Mais tiros se seguiram e eu gritei para a minha mãe de novo.

- Corre pro mercado que é tiroteio!

Saímos correndo para dentro do extra novamente e ligamos para o meu irmão que talvez saberia de alguém que pudesse nos socorrer. As coisas pareciam mais calmas e então voltamos para o carro. Tentei mais uma vez ligar o motor e dessa vez funcionou!!!

Que coisa! Depois pensando melhor chegamos à conclusão que se o carro tivesse pegado estaríamos passando pelo lugar onde estavam acontecendo os tiros no exato momento em que eles estavam sendo desferidos...

É parece que Deus existe e ele gosta da gente mesmo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Acabou!

As manhãs têm sido mais difíceis para mim agora. O resto do dia até que passa.
Parece que a dor escolhe horário, ela me visita a noite, me perturba de manhã e soca o meu estômago de tarde.
Essa dor maldita, tirou o paladar da minha comida, o olfato dos meus perfumes e o brilho das minhas cores, apagou a luz do meu sol, parou totalmente o meu coração e comeu os meus sorrisos.

Não estou plagiando João Cabral de Melo Neto afirmando que o amor comeu a poesia da minha vida... Não foi o amor que comeu foi a dor mas é basicamente a mesma coisa quando é só um que ama.
Eu sempre fui buscadora da verdade, sempre a persegui... Talvez porque nunca tenha apanhado dela.

Ele me disse que eu não era o que ele queria para a sua vida, ele me disse que não sente por mim mais o sentimento que sentia antes.

O que eu vou fazer agora sem o sorriso daquele homem depois dos momentos de amor? O que eu vou fazer agora sem aquele cheiro, sem aquela voz que narrava os meus sonhos? Sem a batida do coração que me acalmava de todos os males só com um abraço.

Não te amo mais foi o que ele disse? Não te quero para a minha vida foi o que ele disse?

Antes tivesse me lançado punhais no peito um para cada palavra, sangraria menos e por menos tempo.

Agora não sei o que fazer, não tenho diretrizes sozinha nem sonhos e as esperanças? Ele as levou embora no bolso.

Pedi sua amizade e seu carinho, mas ele quer distância. Não está certo! Alguma coisa está errada demais!
Minha voz emudeceu e a minha alma chora mais do que a quantidade de lágrimas disponíveis. O espelho não reflete a minha imagem e sim uma sobra daquilo que foi embora. A maior parte de mim foi embora e não me quer mais.

Não é justo morrer por isso, não é justo! Eu pensava estar sozinha, mas tenho tido mais amparo do que imaginei que teria.
Mãe, Ju, Rique saibam que me levanto da cama por vocês e que acendo a luz de manhã pensando numa forma de enxugar as minhas lágrimas para sempre. Hoje sei que é sem vocês que eu não conseguiria viver. Hoje sei que não estou só nem nos momentos de maior dor!

Agradeço a Deus pela minha família e pela certeza de que não estou sozinha.